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Publicado em 7 de Marco de 2015 | 14h11m

Ideias para Investir em Pet, Saúde, Serviços e Varejo





 Por Bruna Martins Fontes

PET 

R$ 600.000 
38. SUPLEMENTOS PARA ANIMAIS 
Editora Globo
 

Ex-sócio de uma fabricante de salgadinhos, Fernando Pires, 54 anos, usou sua experiência para criar um negócio original no mercado pet. Ao constatar que o segmento de rações era dominado por gigantes, decidiu apostar em um nicho próximo. Usuário de suplementos nutricionais, ele criou em São Paulo a BOTICA ANIMAL, uma linha de alimentos em pó e pílulas feitos com ingredientes naturais para complementar a alimentação de cães e gatos. Buscou ajuda de um veterinário e desenvolveu fórmulas com elementos como alcachofra, para melhorar a digestão; maracujá, para acalmar; e cenoura, para reconstituir os tecidos. Como era difícil fazer suas duas cadelinhas engolirem pílulas, veio a ideia de fabricar petiscos: um que controla o tártaro e melhora o hálito, e um “osso” vegetariano, com espinafre, cenoura e linhaça. Em vez de fabricar, terceirizou a produção, o estoque e a logística. Tudo para concentrar recursos e esforços no desenvolvimento de produtos e nas áreas de vendas e marketing. “A parte mais difícil é difundir o conceito”, diz. “Uma distribuidora estava com meus produtos encalhados — fiz uma ação didática com veterinários e, em dois dias, vendemos tudo.” Ao final dos primeiros nove meses de venda em algumas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, o resultado foi de R$ 300 mil. A meta é faturar R$ 3 milhões neste ano, com a distribuição em mais estados do Sudeste e do Sul. Em outras regiões, começará pelas capitais. “Meu produto é para animais de companhia, e no interior do Brasil ainda predominam cães de guarda.” 

ESTRUTURA: R$ 400.000 (escritório e desenvolvimento/teste de produtos; produção, logística e armazenagem são terceirizados) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 200.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 30.000 
FUNCIONÁRIOS: 12 (1 gerente de vendas, 1 profissional na área administrativa, 1 na de marketing, 6 vendedores técnicos e 3 promotores de vendas) 
PRAZO DE RETORNO: 48 meses 

 

 

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R$ 800.000 
39. COSMÉTICOS PARA CÃES E GATOS 
Editora Globo
PESQUISA NA PRÁTICA | Luciano Fagliari da Pet Society: teste de produtos em parceria com os veterinários

Os farmacêuticos Luciano e Marly Fagliari formulavam ingredientes para cosméticos quando notaram o crescimento da atenção dispensada a cães e gatos por seus donos. “Pesquisamos e vimos que faltavam fórmulas eficazes, que facilitassem o trabalho de banhar e higienizar os animais”, diz Luciano. Apostando nesse nicho, abriram em 2004, em São Paulo, a PET SOCIETY, com produtos como um xampu que reduz o tempo de secagem do pelo e um creme dental para prevenir halitose. A empresa faz testes e demonstra os produtos durante o desenvolvimento, para que veterinários e donos de pet shops opinem. Com o tempo, os produtos foram também para as prateleiras das lojas, mas a linha profissional ainda responde por 60% das vendas. A Pet Society faturou R$ 11 milhões em 2011. “Crescemos 35% por ano”, afirma Luciano. 

ESTRUTURA: R$ 600.000 (locação de fábrica de 800 m² com equipamentos) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 200.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 50.000 
FUNCIONÁRIOS: 12 (2 pesadores, 2 separadores, 2 profissionais na área de manipulação, 5 na de envase e embalagem e 1 gerente industrial) 
PRAZO DE RETORNO: 60 meses 

 

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SAÚDE 


Editora Globo
 
R$ 540.000 
40. CONSULTAS E EXAMES PARA A CLASSE C 
Ao observar o laboratório de análises clínicas administrado por sua família, o carioca Paulo Granato, 32 anos, notou que os serviços não eram utilizados pela parcela da população sem plano de saúde. Para atender esse público, abriu em 2007 uma unidade no centro do Rio de Janeiro, e ofereceu preços reduzidos — um hemograma, por exemplo, por R$ 8,50. Deu certo, e o sucesso o incentivou a abrir no ano seguinte a segunda unidade, em São Conrado, perto da favela da Rocinha. Ouvindo os clientes, percebeu que estavam satisfeitos com o serviço, mas não sabiam o que fazer quando recebiam resultados fora do comum. Veio o estalo de reforçar o laboratório com médicos, e a empresa se transformou na POLICLÍNICA GRANATO. Recrutou 65 médicos de 25 especialidades e faz cinco mil atendimentos por mês, com consultas a R$ 40. A clínica tem 16 recepcionistas e atende das 7h às 21h. Faturou R$ 2 milhões em 2011 e, neste ano, vai abrir a terceira unidade no Rio, além de iniciar uma expansão pelo interior do estado, com a ajuda de um investidor. 

ESTRUTURA: R$ 500.000 (clínica com equipamentos para exames de imagem, computadores, televisões para sala de espera, ar-condicionado, salas para coleta de sangue e para exames e consultórios médicos) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 40.000 
FATURAMENTO MÉDIO mensal: R$ 70.000 
FUNCIONÁRIOS: 80 (6 recepcionistas, 3 técnicos de laboratório, 2 técnicos de radiologia, 2 gerentes, 2 auxiliares de serviços gerais e 65 médicos) 
PRAZO DE RETORNO: 24 meses 

 

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R$ 550.000 
41. ÔNIBUS DE AVALIAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR 
É no interior de um ônibus de quase 20 metros de comprimento, articulado e itinerante, que uma equipe composta por um educador físico e um fisioterapeuta realiza avaliações físicas em todas as regiões do país. Prefeituras, clubes, empresas e resorts contratam os serviços do PHYSIBUS, que faz até três tipos de avaliação, durante o período acordado, em todos os interessados do grupo ou da região atendida. O exame mais simples é capaz de avaliar o desvio postural e a flexibilidade do paciente. O intermediário garante também uma análise do índice de massa corporal (IMC), batimentos cardíacos em repouso e em exercício e os tipos de pisada. O mais sofisticado inclui um exame cardiológico. Criado em 2009, o Physibus é um novo negócio da Physicus, fabricante de equipamentos e acessórios esportivos com sede no município de Auriflama, em São Paulo. “A ideia é democratizar o acesso à qualidade de vida e ao bem-estar”, diz o empresário Maurício José Teixeira, 42 anos. O Physibus acrescenta um faturamento de R$ 240 mil ao ano à Physicus. 

ESTRUTURA: R$ 500.000 (aquisição de ônibus articulado e reforma para adaptação do veículo, com instalação de televisão, geladeira, ar-condicionado, divã, instrumentos para avaliação física, móveis, banheiro, sinal de internet e documentação para circulação) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 50.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 20.000 
FUNCIONÁRIOS: 2 (1 educador físico e 1 fisioterapeuta) 
PRAZO DE RETORNO: 12 meses 

 

 
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R$ 630.000 
42. CONSULTORIA DE BENEFÍCIOS CUSTOMIZADOS
 
Oferecer as mesmas opções de seguros e ações de saúde para empresas não agradava ao advogado Giorgio Antunes, 39 anos. “Como são obrigatórios, não há inovação”, diz. Para mudar isso, idealizou em 2008 a BENCORP, consultoria de benefícios que mapeia o perfil dos funcionários, identifica pontos críticos e escolhe planos e programas que minimizem riscos. “Se uma empresa tem executivos sedentários, obesos e hipertensos, prevemos exercícios e um plano que cubra check-ups frequentes.” Os funcionários são acompanhados em um painel de indicadores compartilhados — empresa e operadora sabem das consultas e remédios receitados. De 20 clientes no primeiro ano, chegaram a 80 em 2011, com 140 mil segurados em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Brasília e um faturamento de R$ 8 milhões. 

ESTRUTURA: R$ 130.000 (escritório, computadores, softwares de gestão, desenvolvimento de marca, marketing, registros em operadoras e órgãos de regulação e cursos) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 500.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 50.000 
FUNCIONÁRIOS: 6 (2 na área comercial, 1 na administrativa, 1 na de relacionamento, 1 na operacional e 1 médico) 
PRAZO DE RETORNO: 18 meses 

 

 

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R$ 3.100.000 
43. MONITORAMENTO DE IDOSOS A DISTÂNCIA 
Há seis anos, um acidente doméstico trouxe preocupação a José Carlos Vasconcellos, 44 anos. A mãe do empresário levou um tombo em casa e teve dificuldade para se levantar sozinha. Em uma nova queda, não teria como pedir ajuda. Superado, o problema proveu o insight para um novo negócio — algo nos moldes do que ele fazia em uma empresa de monitoramento de alarmes. O serviço, popular nos Estados Unidos e na Europa, não existia aqui. Foi a deixa para criar um sistema próprio: o TELEHELP, um dispositivo para ficar à mão dos idosos. Em caso de emergência, eles não precisam usar o telefone, e sim ativar o viva-voz do aparelho para falar com a central. “O custo para importar o equipamento era muito alto. Preferi me associar a uma indústria e desenvolvê-lo aqui”, diz. O aparelho, em forma de colar ou relógio, é apenas o meio físico — o principal serviço é a assistência. Em alguns planos, a empresa liga para o idoso todos os dias. O sistema também ajuda a reduzir acionamentos desnecessários de ambulâncias. “Uma prefeitura em Santa Catarina nos contratou para implantar o sistema e reduzir os custos de deslocamento”, afirma. A empresa reuniu três mil clientes em 13 estados e faturou R$ 3 milhões em 2011. 

ESTRUTURA: R$ 2,5 milhões (central de atendimento 24 horas, software de monitoramento, equipamentos para recepção digital de sinais de emergência, gerador de energia e estrutura de redundância) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 600.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 60.000 
FUNCIONÁRIOS: 21 (12 profissionais na área de atendimento, 3 na administrativa e 6 na comercial) 
PRAZO DE RETORNO: 48 meses 

 

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SERVIÇOS 


R$ 75.000 
44. LEILÕES DE MOBILIÁRIO E MÁQUINAS USADAS 
O engenheiro Henri Zylberstajn, 31 anos, trabalhava em uma construtora quando um detalhe chamou sua atenção em meio ao boom do mercado imobiliário. Ao desmanchar apartamentos decorados para exposição, gastava-se muito para desmontar, transportar e armazenar os itens. Por que não ganhar dinheiro leiloando as peças pela internet? Chamou dois sócios que vinham de famílias de leiloeiros e, em 2008, abriram em São Paulo a SOLD LEILÕES ON-LINE, para revender itens descartados por grandes empresas de qualquer ramo. A primeira tarefa foi vasculhar sua carteira de clientes. “No primeiro ano, fizemos dez leilões; no segundo, 80; em 2011, foram 350 em todo o país”, diz. No ano passado, chegaram a leiloar 20 mil peças por mês, em média. A empresa tem 500 mil clientes, dos quais 65% são pessoas físicas. Fechou 2011 com um faturamento de R$ 60 milhões e vendas de R$ 65 milhões em ativos. A principal fonte de receita é uma comissão sobre o valor de arremate dos bens, cobrada nas duas pontas da transação. Quem compra paga 5%. Para quem vende, o valor varia de quase zero — no caso de itens caros, como veículos, máquinas e tratores — a 15%, para bens de consumo. 

ESTRUTURA: R$ 60.000 (escritório, computadores, filmadora e desenvolvimento do sistema de leilão on-line) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 15.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 210.000 
FUNCIONÁRIOS: 3 (1 na área de vendas e marketing, 1 na de operações e outro na administrativa/financeira) 
PRAZO DE RETORNO: 3 meses 

 

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R$ 80.000 
45. VISTORIA DE CARROS USADOS 
Na concessionária da família de José Roberto Martins dos Reis, 28 anos, em São José dos Campos (SP), lidar com carros usados dava o maior trabalho. Era preciso caçar bons peritos, capazes de avaliar um automóvel e depois atestar em laudo a boa procedência dos componentes principais, como o chassi e o motor. Tudo para evitar surpresas desagradáveis após a venda. “Se um carro vem com motor roubado, não passa pelo crivo da seguradora. O cliente devolve o produto e pede o dinheiro de volta”, diz Reis. O empreendedor fez as contas e concluiu que seria mais lucrativo treinar pessoas para fazer esse check-up — e então vender esse serviço para concessionárias. Em 2005, contratou um perito para ensinar o ofício aos funcionários e abriu a empresa de vistoria automotiva SUPER VISÃO. Em um pátio de 150 m², a equipe avalia a numeração dos componentes do carro e examina se o veículo passou por reparos estruturais em decorrência de colisões graves. Tudo é fotografado e incluído no laudo técnico, geralmente utilizado na hora de fazer a transferência para o novo dono. A ideia fez tanto sucesso que ele logo mudou seu plano de negócios para se transformar em uma rede, hoje com 92 unidades espalhadas pelo país e com um faturamento de R$ 10 milhões em 2011. “Quanto mais aumentam as vendas de automóveis, mais trabalho nós temos”, afirma. Agora, o plano é vender o serviço para pessoas físicas e começar a licenciar a marca para explorar a região Sul. 

ESTRUTURA: R$ 30.000 (ponto com área mínima de 150 m², escritório, computadores, mobiliário e câmeras fotográficas para coletar números de chassi, motor e câmbio) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 50.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 40.000 
FUNCIONÁRIOS: 4 (1 gerente, 1 digitador, 1 perito e um 1 ajudante) 
PRAZO DE RETORNO: 24 meses 

 

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R$ 200.000 
46. CONSULTORIA PARA INCLUSÃO PROFISSIONAL DE DEFICIENTES 
A regra que obriga empresas com mais de cem funcionários a ter uma cota de vagas para quem tem alguma deficiência inspirou a criação da PLURA. Criada em 2007 em São Paulo, essa consultoria de recursos humanos é especializada em achar empregos para profissionais com esse perfil. “O estímulo da lei ajuda o mercado como um todo a dar seus primeiros passos nessa área”, afirma o fundador, Alex Vicintin, 32 anos. “Mas é preciso ajudar as empresas a resolver a questão em seus quadros.” Além de capacitar deficientes para ocupar as vagas, a Plura oferece serviços como análise da acessibilidade das instalações da empresa, treinamento de equipes para inclusão social e mapeamento de cargos adequados. Em seis anos de atuação, a consultoria construiu um banco de dados com mais de 15 mil profissionais. Para eles, o serviço é gratuito, pois a fonte de receita vem das atividades de consultoria. Em 2011, o faturamento foi de R$ 2 milhões. Vicintin afirma que o momento é propício para investir nesse público. “As pessoas com deficiência estão mais ativas e inseridas na sociedade. Isso demanda serviços de todos os tipos, mas ainda há necessidade de soluções inclusivas — e isso vale também para idosos, obesos e anões”, diz. Para o empreendedor, o primeiro passo para desenvolver serviços que atendam bem a todos eles é se aproximar das pessoas e não ter vergonha de perguntar quais necessidades ainda exigem soluções. 

ESTRUTURA: R$ 80.000 (escritório, computadores, prospecção de clientes, assinatura de serviços de bancos de dados, adaptação do escritório para receber pessoas com deficiências e compra de testes psicológicos) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 120.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 30.000 
FUNCIONÁRIOS: 2 (1 na área comercial e 1 na de recrutamento e seleção) 
PRAZO DE RETORNO: 24 a 36 meses 

 

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R$ 500.000 
47. SITE DE INDICAÇÃO DE PRESTADORES DE SERVIÇOS 
Quem já precisou de um prestador de serviço sabe que não é fácil encontrar um bom profissional para tarefas como fazer um reparo em casa ou organizar um casamento. Ligado na internet, o empreendedor Fernando Canuto, 35 anos, achava que nem a rede resolvia esse problema. “Perdia-se muito tempo procurando, e não dava para ter certeza da qualidade”, diz. Para fazer uma conexão eficiente entre quem procura e quem oferece serviços, criou em agosto do ano passado o site BOUGUE. Procurou prestadores de serviços e ofereceu descontos — é desses profissionais e de suas empresas que vem a receita do site. Para conferir a qualidade dos fornecedores, pediu um portfólio e entrevistou cada uma das 400 empresas cadastradas na página. As que são aprovadas têm até 24 horas para responder aos pedidos de orçamento detalhados no site. Em seis meses, o Bougue gerou dois mil negócios em segmentos como construção e reforma, festas, pets e funilaria. A cada transação, a empresa recebe R$ 1 dos prestadores por proposta respondida. A estimativa é de acumular um faturamento de R$ 1,5 milhão nos primeiros 18 meses. Por enquanto, o site só abrange a cidade de São Paulo, mas Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre estão nos planos de expansão. 

ESTRUTURA: R$ 120.000 (computadores, aluguel e montagem do escritório, telefonia e internet) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 380.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 80.000 
FUNCIONÁRIOS: 6 (2 desenvolvedores, 2 profissionais das áreas de marketing e de conteúdo, 1 da área de suporte e 1 da área de negócios) 
PRAZO DE RETORNO: 9 a 12 meses 

 

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VAREJO


R$ 400.000 
48. INTEGRAÇÃO VIA WEB DE MÁQUINAS DE CARTÕES 
A falta de familiaridade com os processos do varejo motivou uma guinada na trajetória do empresário Alexandre Pi, 50 anos. Fundada em 1993, sua empresa era especializada em serviços de TI para o setor e ligava equipamentos de grande porte, conhecidos como mainframe, aos computadores das lojas. Na virada para os anos 2000, a tarefa começou a virar commodity. Pi foi pesquisar novos serviços que pudesse oferecer — e percebeu que havia poucas soluções para meios de pagamento, algo que mal conhecia. “Tive sorte de não entender nada daquilo. Assim, questionava tudo, e isso me ajudou a pensar em novas tecnologias”, diz. A primeira ideia foi fazer a maquininha de cartões usar a internet para se comunicar. Para isso, desenvolveu um software capaz de funcionar em aparelhos de diferentes operadoras de cartão. Foram sete anos de projeto até fechar um bom contrato: hoje, a APPI TECNOLOGIA atende a toda a base da gigante Cielo e tem clientes na Venezuela, na Colômbia, no México e na Indonésia. No ano passado, faturou R$ 20 milhões. O sistema também pode ser usado no celular. “É útil para o cliente fazer pagamentos com o telefone e para o vendedor de sorvete na praia receber, por exemplo. O mercado de meios de pagamento cresce 20% ao ano. Ainda há muito por explorar, especialmente em soluções móveis.” 

ESTRUTURA: R$ 100.000 (computadores, servidores e hardware) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 300.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 50.000 
FUNCIONÁRIOS: 5 (3 para desenvolver e manter o software e 2 para implantação e suporte à operação) 
PRAZO DE RETORNO: 18 meses 

 

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R$ 410.000 
49. REDE DE LOJAS DE UTILIDADES DOMÉSTICAS E CONVENIÊNCIA 
Trabalhar em uma loja de utilidades domésticas rendeu frutos para Marcos Martins de Melo, 31 anos. Em seu trabalho de conclusão de curso na faculdade de administração, ele simulou a abertura de uma empresa no ramo. Em 2005, mudou-se de Campo Grande (MS) para São José do Rio Preto (SP) para abrir a primeira unidade da CASA & COISA. “Considerei o interior de São Paulo mais promissor para uma expansão”, diz. Para se diferenciar, apostou no serviço: treinou vendedores para orientar os clientes sobre como fazer reparos em casa, implantou um sistema de entregas expressas e um horário de atendimento estendido, das 7h às 20h. O negócio prosperou e os funcionários sugeriram parcerias para abrir outras unidades. Foi o estímulo para transformar a empresa em uma rede de franquias em 2007. A marca já tem 21 unidades em nove estados e quer abrir mais 40 neste ano, com uma estimativa de faturamento de R$ 30 milhões. “Vejo muito potencial em cidades de pequeno e médio portes, onde as lojas ainda são bem segmentadas”, diz. 

UNIDADES PRÓPRIAS: 3 
FRANQUIAS: 21 
FATURAMENTO DA REDE: R$ 30 milhões 
FUNDAÇÃO: 2007 
INVESTIMENTO INICIAL: R$ 350.000 
CAPITAL DE GIRO: R$ 15.000 
TAXA DE FRANQUIA: R$ 45.000 
TAXA DE ROYALTIES: 5% do faturamento bruto 
TAXA DE PUBLICIDADE: rateio proporcional à demanda (R$ 350, em média) 
FATURAMENTO MENSAL: R$ 120.000 
LUCRO MÉDIO MENSAL: de 10% a 15% do faturamento 
PRAZO DE RETORNO: de 30 a 36 meses 
FUNCIONÁRIOS: 8 (4 vendedores, 2 caixas, 1 gerente e 1 subgerente) 
ÁREA DA UNIDADE: a partir de 80 m² 
PRAZO DE CONTRATO: 5 anos 
ASSOCIADA À ABF: sim 

 

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R$ 1.110.000 
50. SISTEMA DE CONTROLE DE PRODUTOS EM LOJAS 
Editora Globo
NA HORA CERTA | Irineu Fernandes, da GIC: informações on-line para o varejo

A experiência do consultor Irineu Fernandes, 62 anos, com o controle de estoques lhe rendeu um desafio em 2006: controlar a falta de produtos na prateleira da rede Atacadão. Em três anos, desenvolveu um sistema que mede a velocidade de venda de cada item de acordo com os dados que recebe dos caixas e sinaliza ao repositor, munido de um aparelho móvel, que é hora de reabastecer. Hoje, o sistema da sua empresa, a GIC, é usado no Atacadão, no Grupo Pão de Açúcar e nos Supermercados São Roque. “Fizemos uma modalidade compacta para atender também as redes menores”, diz. Neste ano, quer conquistar mais um grande cliente e ter até cem lojas de redes pequenas. O plano é quase triplicar o faturamento: de R$ 8 milhões em 2012, para R$ 20 milhões em 2014. 

ESTRUTURA: R$ 610.000 (desenvolvimento do software, servidores, computadores, rede sem fio e equipamentos móveis) 
CAPITAL DE GIRO: R$ 500.000 
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 125.000 
FUNCIONÁRIOS: 12 (1 gerente de projeto, 1 analista de sistema, 7 programadores, 1 web designer, 1 arquiteto de software e 1 responsável pela rede) 
PRAZO DE RETORNO: 18 meses 

 

 

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